Venkar Qui Nov 19, 2015 10:34 am
Assim que ela entrou, podia ver que havia uma câmara um pouco mais larga logo após alguns metros depois da entrada, o grande dragão negro estava meio que deitado, sentado, com as duas garras dianteiras cruzadas, a esquerda sobre a direita, a observando se aproximar quando se sentou encostada nele. Aquilo não o incomodava nem um pouco, muito pelo contrário. Gostava daquele nível de confiança e amizade... era algo novo, que o fazia se sentir muito bem, se sentia querido, talvez... algo que nem mesmo seus parentes haviam demonstrado.
Assim que ela se sentou, encostada nele, baixava o focinho para talvez lambê-la, mas parou no caminho quando ela fez a pergunta sobre os humanos.
Venkar ficou um tempo em silêncio, como se pensasse o que iria responder, notou como ela falou sobre as almas deles, e não se incomodou... para o dragão ela poderia ficar com as almas e ele com a carne e ossos.
- O que é cardápio?... mas respondendo á sua primeira pergunta... de onde vim os humanos nos caçam apenas pelo que somos... muitos de meus irmãos sequer havia ferido um deles, mas mesmo assim foram mortos ou pior... levados embora.
Ele fazia uma pausa como se relembrasse de memórias muito ruins.
- Meus pais foram os primeiros a desaparecer... somente muitos dias e noites depois é que descobri o que aconteceu á eles... os... humanos... nos caçavam porque recebiam ouro de seus superiores... eram vistos como indivíduos importantes... heróis... mesmo quando levavam ou tiravam a vida de um filhote.
Desta vez um rosnado subiu pela sua garganta, profundo e carregado de ódio, era a primeira vez que Yumi o ouvia com raiva, e aquilo talvez a assustasse. Suas garras faziam sulcos no chão rochoso, demonstrando bem a sua raiva.
- Lutamos contra eles... quem restou, eu e alguns outros... porém eles estavam em maior número e possuíam armas, que nos prendiam como grandes teias. Por fim eu consegui escapar... e invadi o lar deles... passei por muitos locais que não sei descrever... até que cheguei em uma câmara... cheia de objetos de cristal e outras coisas... pensei que ali seria o meu fim. Quando surgiu uma coisa, uma espécie de passagem... eu aproveitei aquilo para escapar... GGGRRRRRR.... eu os abomino, Yumi... não matei nenhum deles ainda ... mas quando eu colocar minhas garras em algum novamente... vou experimentar o seu sangue com muito gosto!!
Rosnava e grunhia, de sua bocarra semi aberta pingava um liquido amarelado, que quando tocou na rocha a alguns metros da Kitsune, fez um "ssssssss" e borbulhava... como se aquilo estivesse corroendo a rocha.