Apenas quando o seu oponente parou de se debater e um forte cheiro de carne queimada encheu o ar, foi que Venkar cessou seu ataque. Com a bocarra ainda aberta, respirava fundo, observando satisfeito o resultado. O outro dragão era maior, provavelmente um adulto, e o tinha derrotado, sozinho! Seus parentes com certeza ficariam orgulhosos.
Com certa dificuldade se moveu para sair de cima do cadáver, tomando cuidado para as unhas que ainda estavam cravadas em sua barriga não o ferissem mais. Com um empurrão, as patas do dragão caíram inertes para os lados de seu corpo, e Venkar baixou o focinho lambendo o ferimento, felizmente não era tão grave, pois sangrava pouco.
De fato ele não tinha pensado que o outro dragão poderia ser uma fonte de informações... ele era maior, provavelmente mais poderoso fisicamente, e imaginou que não estaria disposto a revelar nada, era normal de dragões estranhos se encararem de forma hostil no primeiro encontro, ao contrário de fêmeas, que eram subjugadas á força no período de acasalamento.
Respirou fundo e sentiu alguém próximo, virando o focinho encarou o outro dragão, só agora percebeu que era um vermelho! Um.. não, uma. Não era um macho e sim uma fêmea, a forma de seu focinho e o aspecto esguio de seu corpo, mais delicado, não permitia dúvidas. Mas o que ela fazia ali? E aqueles olhos... que belos olhos verde-esmeralda. Tinha certeza que já tinha visto esta cor em algum lugar... mas neste momento não se recordava.
Ficou quieto a encarando, sem se mover muito: Sabia que os vermelhos era uma das raças mais ferozes e poderosas dentre todos os dragões. Sentiu o impacto leve contra sua cauda mas não esboçou reação. Esperava sinceramente um ataque, o que fez seus músculos se tensionarem.
Notou curioso ela ficar cada vez mais... confusa? E apavorada. Seria possível que seus ovos estivessem na base da torre? Assim que ela tentou se levantar mas acabou rolando para a sua frente, ele baixou de leve a cabeça, rosnando em tom baixo, na esperança de não fazê-la atacar:
- Está tudo bem... eu não desejo lhe fazer mal, mas... acalme-se! Seus... seus ovos estavam dentro da torre?...
Esperava sinceramente que não, depois de apavorada, com certeza viria a fúria contra o único ser vivo diante dela. Venkar estremeceu levemente. Mas seu receio logo se transformou em confusão, o que tinha de errado com a fêmea? Ela parecia ter medo de si, mas... porque? Seria consorte do dragão negro morto?
Quando ela parou próximo de uma arvore partida, pensou em se aproximar. Porém como ela parecia não querer atacar, voltou a atenção aos escombros. Primeiro tinha que recuperar o corpo de Artêmia.
Esperava, rezava aos Deuses que alguém no vilarejo pudesse ajudá-lo. Talvez Artêmia estivesse desacordada? Sabia que era tolice acreditar nisso, mas mesmo assim foi até os escombros e começou a mover com cuidado os pedaços maiores, procurando. Praticamente separou todos os grandes escombros... mas não havia nada ali... nem sangue, nem restos de tecido de sua roupa... não fazia sentido, tinha que haver algo ali... moveu as asas um pouco doloridas com a queda, frustrado. A fêmea podia ouvi-lo murmurando infeliz:
- Artêmia... perdoe-me por não conseguir salvá-la... cheguei tarde demais... maldito... maldito seja...
Olhou com raiva para o corpo sem vida e sem cabeça do outro dragão negro. Rosnou em desgosto, e Artêmia se o observasse com atenção podia perceber algo escorrendo dos olhos do macho, que tentou esconder o focinho dos olhos da fêmea.
Desistiu de sua busca após alguns minutos sem resultado. Voltou por fim atenção á vermelha, notando como ela se portava, e então decidiu se aproximar andando devagar, afim de não assustá-la mais.
Chegou cerca de dez metros de onde ela estava, com uma aparência infeliz. Havia perdido uma grande amiga, então talvez pudesse se redimir auxiliando esta estranha fêmea de olhos esverdeados, realmente tinha algo naquela cor. Falou baixinho para ela:
- Está tudo bem, a.. eu... ele...
Não sabia o que falar para fazê-la se sentir melhor, pensou em ir embora, mas aqueles olhos intensos o mantinham ali. Notou a expressão dela, e inclinou a cabeça para o lado, confuso.
- Porque está envergonhada? Sois uma das fêmeas mais bonitas e elegantes que já vi...
Esperava que o elogio a deixasse mais tranquila.
- Meu nome é Venkar, e o seu?
Com certa dificuldade se moveu para sair de cima do cadáver, tomando cuidado para as unhas que ainda estavam cravadas em sua barriga não o ferissem mais. Com um empurrão, as patas do dragão caíram inertes para os lados de seu corpo, e Venkar baixou o focinho lambendo o ferimento, felizmente não era tão grave, pois sangrava pouco.
De fato ele não tinha pensado que o outro dragão poderia ser uma fonte de informações... ele era maior, provavelmente mais poderoso fisicamente, e imaginou que não estaria disposto a revelar nada, era normal de dragões estranhos se encararem de forma hostil no primeiro encontro, ao contrário de fêmeas, que eram subjugadas á força no período de acasalamento.
Respirou fundo e sentiu alguém próximo, virando o focinho encarou o outro dragão, só agora percebeu que era um vermelho! Um.. não, uma. Não era um macho e sim uma fêmea, a forma de seu focinho e o aspecto esguio de seu corpo, mais delicado, não permitia dúvidas. Mas o que ela fazia ali? E aqueles olhos... que belos olhos verde-esmeralda. Tinha certeza que já tinha visto esta cor em algum lugar... mas neste momento não se recordava.
Ficou quieto a encarando, sem se mover muito: Sabia que os vermelhos era uma das raças mais ferozes e poderosas dentre todos os dragões. Sentiu o impacto leve contra sua cauda mas não esboçou reação. Esperava sinceramente um ataque, o que fez seus músculos se tensionarem.
Notou curioso ela ficar cada vez mais... confusa? E apavorada. Seria possível que seus ovos estivessem na base da torre? Assim que ela tentou se levantar mas acabou rolando para a sua frente, ele baixou de leve a cabeça, rosnando em tom baixo, na esperança de não fazê-la atacar:
- Está tudo bem... eu não desejo lhe fazer mal, mas... acalme-se! Seus... seus ovos estavam dentro da torre?...
Esperava sinceramente que não, depois de apavorada, com certeza viria a fúria contra o único ser vivo diante dela. Venkar estremeceu levemente. Mas seu receio logo se transformou em confusão, o que tinha de errado com a fêmea? Ela parecia ter medo de si, mas... porque? Seria consorte do dragão negro morto?
Quando ela parou próximo de uma arvore partida, pensou em se aproximar. Porém como ela parecia não querer atacar, voltou a atenção aos escombros. Primeiro tinha que recuperar o corpo de Artêmia.
Esperava, rezava aos Deuses que alguém no vilarejo pudesse ajudá-lo. Talvez Artêmia estivesse desacordada? Sabia que era tolice acreditar nisso, mas mesmo assim foi até os escombros e começou a mover com cuidado os pedaços maiores, procurando. Praticamente separou todos os grandes escombros... mas não havia nada ali... nem sangue, nem restos de tecido de sua roupa... não fazia sentido, tinha que haver algo ali... moveu as asas um pouco doloridas com a queda, frustrado. A fêmea podia ouvi-lo murmurando infeliz:
- Artêmia... perdoe-me por não conseguir salvá-la... cheguei tarde demais... maldito... maldito seja...
Olhou com raiva para o corpo sem vida e sem cabeça do outro dragão negro. Rosnou em desgosto, e Artêmia se o observasse com atenção podia perceber algo escorrendo dos olhos do macho, que tentou esconder o focinho dos olhos da fêmea.
Desistiu de sua busca após alguns minutos sem resultado. Voltou por fim atenção á vermelha, notando como ela se portava, e então decidiu se aproximar andando devagar, afim de não assustá-la mais.
Chegou cerca de dez metros de onde ela estava, com uma aparência infeliz. Havia perdido uma grande amiga, então talvez pudesse se redimir auxiliando esta estranha fêmea de olhos esverdeados, realmente tinha algo naquela cor. Falou baixinho para ela:
- Está tudo bem, a.. eu... ele...
Não sabia o que falar para fazê-la se sentir melhor, pensou em ir embora, mas aqueles olhos intensos o mantinham ali. Notou a expressão dela, e inclinou a cabeça para o lado, confuso.
- Porque está envergonhada? Sois uma das fêmeas mais bonitas e elegantes que já vi...
Esperava que o elogio a deixasse mais tranquila.
- Meu nome é Venkar, e o seu?